sexta-feira, 4 de março de 2011

A arte de ler

Ler é um exercício que não causa fadiga. Ao contrário, a minha alma toma um novo vigor, pois as palavras me alimentam.

Meus pensamentos voam mais longe e eu apenas anseio em alcançá-los.

Esforça-te, digo a mim mesma.

Percebo que o tempo vai passando e a cada segundo em que o ponteiro avança no relógio, eu me derramo em palavras, sem saber se estou cuidando bem do meu tempo. Devo-me inquietar?

Simplesmente, com uma caneta e um papel as letras vão se transformando em arte, então posso dizer que sou afortunada sim, pois isto é um pouco do que me pertence e que de mim não pode ser retirado.

O que eu sinto? As palavras não descrevem.

Pode ser amor, paixão, sons e emoções. Na imaginação de uma sonhadora até tocar o céu é possível? Basta apenas ter um livro!

E se for de literatura, mon coeur dit: Merci!


(Aylla Milanez)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Felicidade Trágica

Felizes aqueles que amam
De peitos abertos,
Que vivem distantes...
Do mundo concreto;

Felizes aqueles que tem um amor
Para sofrer sem medidas,
Felizes aqueles que guardam feridas
Felizes com a dor de viver assim;

Felizes somos nós,
Que amamos o engano,
Felizes são todos os seres humanos
Que tristes se lembram da felicidade.

Felizes aqueles que com a caridade
Pedem esmolas a rica ilusão,
Felizes aqueles de peitos abertos
Que mostram a todos o seu coração.

(Joelson Araújo)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu tentei...


Eu tentei escrever, incessante, alguns versos. Faltou-me... Não sei. Inspiração. Há pouco tu saiste de cabeça baixa. Eu não tive coragem. Assumir, mais uma vez, que fracassei. Que a vida por mais que eu tente, me impõe escolhas, escolhas, escolhas... Não sei o que aconteceu. Alguém expia pela janela, enquanto tentamos encontrar um caminho sentados, solitários, na mesa. - Você viu? Cansasse, seu corpo fatigado pela minha presença. Tomamos uma, duas, três...E eu ali. Esperando. Um pouco, tentando, desesperadamente, nos encontrar. Seus toques já não causam o mesmo efeito. Não sei o que aconteceu. Acordei sentada num quarto escuro, com um cheiro forte de suor. Não era meu. Não passavam das três horas da madrugada. Busquei, em silêncio, uma caixa vazia de lembranças, cheia de arrependimentos. E se eu tivesse dito não!? Foi tudo rápido demais, intenso demais, forte demais. Mais uma forma de reprimir todos aqueles desejos incoerentes. Reli todas as cartas, confidências, declarações... Nenhuma sua. Pelo menos nenhuma que eu pudesse lembrar. Perdi. Perdi tudo aquilo. Perdemos tudo aquilo que chamamos de "nós". Eu não sei mais por onde voltar, os caminhos marcados com doces... alguém comeu.