quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reencontro

Queridas amigas,

Foi muito bom ter encontrado-as hoje, de forma inesperada e para fins outros, isso acabou renovando-me e fazendo-me perceber o significado da amizade. A amizade é uma planta imortal, pois mesmo quando vem a morrer visivelmente aos olhos humanos, parte de sua raiz continua a viver esperando bom tempo para uma nova brotagem. Isso ocorre mesmo que os elementos responsáveis por mater-lhe a vida se distanciem ou aplique-lhe uma dosagem incoveniente para a sua sobrevivência: o sol queime suas folhas com um teor de calor provocado pelas altas temperaturas do stress diário; a chuva caia constantemente, sem tréguas, afogando-a em poças de lamentações; a terra tranforme-se em enormes pedregulhos de rancor e o vento passe a soprar em outros horizontes.

Esse encontro, embora curto, foi bastante significativo para mim, especialmente por ver Emília. Ah, Emília, quanto vigor e delicadeza, tão bela e tão cheia de vida! Em outros tempos, o que seria de mim sem a sua alegria? Meus lamentos por suas emoções mal resolvidas (e qual o ser humano que não as têm?) e minhas felicitações por tê-la novamente em nosso meio.

Queridas amigas, em nome da nossa amizade sinto a necessidade de padir-lhes perdão. Perdão pelas palavras ditas, reprimidas e incompreendidas; perdão pelas alegrias e tristezas; presença e ausência; pelos gestos indevidos nos momentos oportunos. Vocês são para mim sinônimo de confiança! E por falar em confiança, perdão mais uma vez por ficar em falta ou possui-la em demasia. O tipo de relação que pretendo ou ao menos gostaria de ter com vocês não é superficial, mas eterna conforme as nossas forças. E acreditem, com a pouca força que temos somos capazes de alcançar o infinito!

Abraços,

Lúcia