O que me amedronta
não é o desvario que é içado
por minhas fantasias,
mas a incompletude das inconstâncias.
Apavora-me a confiança inerte
que alimenta de fastio
o dia seguinte,
por conta do arrebatador que se ausenta
no tempo perdido.
Não temo a vida
e o seu montante bravio.
Mas, o cuidado desmedido
com a miudeza que permite
a sentença negada.
Não me intimida o delírio
que sugestiona a medida do insólito.
Insulso o trajeto delineado,
os passos seguros,
por caminhos alinhados.
Roubando as cores do prisma,
dos minutos, do dia...
Eu escolho o inusitado perigo das curvas,
que no segundo seguinte...
Tudo muda.