domingo, 13 de junho de 2010

Saudades de um Defunto

A minha testa de hoje em diante é lápide,
Onde o pior poeta escreverá à talhes:
Aqui jaz um homem morto,
Mesmo vivo,
À andar e à falar,
à chorar e à gritar.

Ao nos encontrarmos
você sorrirá.
Eu acenarei da minha cova
Repleta de flores naturais
Regada direto na raiz, por minha lágrimas.

Sem se decompor...
Condenado à ser Zumbi
Permanecerei...
E acenarei para ti de minha cova
Com meu frio grito, abafado e mudo
Lembrarei em nostalgia, aquelas horas
Em que o nada entre nós dois
virava tudo.

Ah!Minha pérola negra, doce dama
Te imploro em desespero
E humilhado pranto,
Que após uma semana, um mês, um ano
Mesmo quando não sentires mais dores,
Vistas negros trajes
E mande flores.


(Dezwith Barros)