Listar
nomes, entidades, pessoas, coisas, objetos, ou seja lá o que for, sempre é
injustiça com alguém. Todo sentimento de gratidão se inicia pelo tradicional,
que se torna trivial a partir do momento que o temos por obrigação. Há sempre o
“agradeço a Deus, a painho, mainha... parentes e ‘aderentes’”, mas, ao final de
cada etapa, mais novas coisas eram vistas e sentidas a cada curva, estas foram
sinuosas, perigosas, que traziam aflição e tão logo nos aliviava. Nessas curvas
houve muitos monstros – interiores e exteriores – que tiveram de ser
enfrentados. Em uma tão árdua caminhada fomos regidos por forças que nos
levaram a lugares nunca d’antes navegados, mas para que sejas nosso “oh mar!”,
tivemos que passar além da dor e do desafio dos monstros que nos espreitavam.
O
primeiro dos monstros talvez tenha sido o: “Você vai ser professora?!”, que
tantos disseram e tanto me assustou e me fez refletir: “Sim, vou ser!”. Foi só
a primeira e primeira pequena vitória, tecida dentro de mim, quase me senti uma
gladiadora. Houve o medo do: “Vou ser competente?!”, tão poderoso quanto o
anterior, e tão mais comum. Este foi vencido também internamente, quando me
armei do: “Vou dar o meu melhor!” Vencidas essas e outras incipientes batalhas
prossegui, vislumbrava ao longe mais algumas feras, reais ou apenas pintadas,
uma delas era: “Os professores medusiáticos” que quase conseguiram me
desfalecer e me fazer estátua. Também vencidos com minhas artimanhas de
espelhos, só para exemplificar uma batalha externa. Então se percebe que
agradeço a todos que me atrapalharam e tornaram meu sonho em meu desafio.
Não
intento com isso deixar de lado o tradicional, voltemos ao clichê: sou grata
aos que me ajudaram, aos que foram só platéia e aos que foram essenciais. A
Deus pelo suporte de misericórdia renovado a cada manhã, aos pais pela geração
intra e extra útero, aos irmãos pela presença, aos amigos sempre presentes,
constantes ou não, aos professores-motivação, aos professores-instigadores, aos
professores-acadêmicos, e principalmente aos professores-educadores. Agradeço a
todas as situações criadas ou predeterminadas, que me trouxeram até aqui.
Ayanne Mayelle e Aryostennes Ferreira
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