Somos história
Ainda não contada,
Letras apenas,
Escritas dia após dia.
Uma máscara polida
Empoeirada páira,
Dentro de nossas cabeças,
Retorcendo-se sob ira e paixão.
Vivemos a guerra
De fazer o que precisamos,
As várias idéias contradizem-se,
Digladiando e pintando nossos sonhos.
Pouco a pouco morremos,
Somos vencidos pela rotina.
Deitar a tarde e dormir plenamente
Torna-se um sonho feliz.
E assim destrói-se
A natureza humana, o talento!
Descansamos sob relva e sob sombra.
Criatividade abandonada ao relento.
Vou vivendo a procura
De um beijo sequinho,
Lábio macio,
Selva intrigante em cada gesto.
Quero brotar o meu raciocínio,
Instigando-o na sensualidade inocente
Com pitada de tarde poente,
E cheiro de terra molhada.
(Sérgio Filho)
Bênção da solidão
Há 6 anos
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